Desde a antiguidade pré-clássica que encontramos em todas as civilizações marcas relativas à importância do vinho, nomeadamente a sua presença em vários rituais religiosos.
Na Bíblia, Israel é “a vinha do Senhor” e o vinho um dom de Deus.
No primeiro milagre de Jesus, este transforma a água em vinho e, na Última Ceia, quando se dirige aos apóstolos diz: “bebei todos dele; porque isto é o meu sangue, o sangue do pacto, derramado por muitos em remissão dos pecados” - fórmula ainda hoje usada na eucaristia, no ritual da comunhão.
O vinho parece pois estar desde sempre ligado a valores espirituais, sendo frequentemente visto como símbolo de hospitalidade.
Em Portugal, a tradição vitivinícola exerceu, durante largas centenas de anos, influência de relevo na economia e consumo do povo, culminando na famosa frase de Salazar: “beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses”.
Vem isto a propósito das declarações da super-ministra Cristas, que o é da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território...
E o que diz ela?
Deve ser distração desta cambada de calaceiros, devem andar todos nos copos, na intenção generosa de arranjar trabalho aos demais, mas fizeram mal as contas e agora não sobra ninguém para produzir o vinhito.
A intenção era boa.
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