quarta-feira, 29 de junho de 2011

Prior Do Crato IV

Em intenção do novel Prior do Crato e da sua caleidoscópica coerência, bem como daquela  da Ordem Religiosa que o ampara e sustém, além de tributo à cultura portuguesa, deixo aqui um breve trecho do Manifesto Anti-Dantas, de Almada Negreiros.

Vá-se lá saber porquê, pareceu-me adequado ao momento.

Acrescento ainda que, numa adaptação à modernidade, o texto foi dotado de grande interactividade, pois o nome do Dantas, pode ser substituído por qualquer outro que vos dê na veneta escolher.

Pim!




Basta pum basta!!!

Uma geração que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!

Abaixo a geração!

Morra o Dantas, morra! Pim!

Uma geração com um Dantas a cavalo é um burro impotente!

Uma geração com um Dantas ao leme é uma canoa em seco!

(...)

O Dantas é um habilidoso!

O Dantas veste-se mal!

O Dantas usa ceroulas de malha!

O Dantas especula e inocula os concubinos!

O Dantas é Dantas!

O Dantas é Júlio!

Morra o Dantas, morra! Pim!

(...)

O Dantas em génio nem chega a pólvora seca e em talento é pim-pam-pum.

O Dantas nu é horroroso!

O Dantas cheira mal da boca!

Morra o Dantas, morra! Pim!

O Dantas é o escárnio da consciência!

Se o Dantas é português eu quero ser espanhol!

O Dantas é a vergonha da intelectualidade portuguesa!

O Dantas é a meta da decadência mental!

(...)

E fique sabendo o Dantas que se todos fossem como eu, haveria tais munições de manguitos que levariam dois séculos a gastar.

(...)

Morra o Dantas, morra! Pim!

Texto completo em http://www.triplov.com/almada_negreiros/anti_dantas.htm

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