O prior do Crato acordou estremunhado naquele dia.
Com as ceroulas descaídas, a deixar ver o começo do rego, coçou as nalgas e tentou lembrar-se do sonho que lhe havia perturbado o sono...
Matutou e recordou-se.
Ia lançar uma tarifa sobre os mestres.
Ah... pois é, sabia-se lá se eram mesmo mestres... Podiam não ser.
Obrigava-se os gajos a pagar e a prestar provas de novo.
Mas, alvitrou um jovem pajem, meu senhor, para eles serem mestres já tiveram que prestar provas, é por isso que até dão formação aos oficiais.
Ai é? Pois então, respondeu o prior, melhor ainda, se algum chumbar, a seguir espoliamos esses oficiais que vão ter que repetir a formação... e pagar, claro.
E retirou-se lampeiro. Ia lavar as mãos que estavam com um cheiro esquisito.
Se calhar, pensou ele, vou mudar para fio dental.
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