Era uma vez um coelhinho cor-de-laranja, que vivia muito quentinho na sua toca.
Um dia, encontrou uns furões que se fizeram amigos dele.
O coelhinho também se fez amigo deles.
Os furões convenceram-no a tornar-se chefe dos coelhinhos.
Quando chegou a líder, os furões recomendaram-no a uma coelhinha germano-balofa para que o acolhesse no seu vasto regaço, ajudada por um coelhinho franco-anão.
O coelhinho agradeceu, pois ao tornar-se chefe dos coelhinhos, viu-se impotente perante as dificuldades da posição, limitando-se a acusar os coelhinhos cor-de-rosa, ainda que muito deles fossem bastante alaranjados, de lhe terem deixado a toca nova em pantanas.
Vai daí, começou a cortar nas cenouras da bicharada, até porque a coelhinha germano-balofa era animal de muito alimento.
Apesar do coelhinho franco-anão ter as patas curtas e não ter conseguido acompanhar o ritmo, a germano-balofa resistiu, pedindo aos furões que enviassem uma equipa especial, para controlar o número de cenouras que por cá se consumiam, o que diminuía o número das plantas herbáceas umbelíferas que chegavam à sua toca.
Mais uma vez impotente, o coelhinho lá recebeu a equipa, que cumulou de favores, cortando ainda mais nas cenouras do que aquilo que lhe era pedido.
Infelizmente, a ingrata bicharada nativa, curta de visão, lá arranjou maneira de fazer diminuir ligeiramente a sangria desatada.
Porém, logo o coelhinho, após conciliábulo com a equipa de furões, surgiu murcho e piegas a lamentar-se de novo sobre a sua impotência, desculpando-se da necessidade que lhe impunham em cortar de novo nas rações.
Perante tamanha impotência do coelhinho, resta-nos esperar que, a bem da solução deste grave problema hortícola que nos aflige, nos cresçam suficientes tomates, perdão, cenouras, queria eu dizer, que nos permitam sair desta crise.
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