A esfinge portuguesa é uma figura mitológica que nunca se engana e raramente tem dúvidas.
Habita o palácio de Belém, mas não come os pastéis do sítio porque anda desavinda com os bolos(-rei).
Como nunca se engana e raramente tem dúvidas, não pergunta nada a ninguém porque já sabe tudo, incluindo que os outros não sabem nada. Por isso, não espera que errem as respostas para os devorar, papa-os logo de uma assentada, na voragem das maiorias absolutas de que usufruiu e usufrui, sem nunca ter responsabilidade de nada apesar de saber tudo.
Apela agora a um sobressalto cívico que desperte os portugueses da letargia em que têm vivido...
Mas...
Um momento...
Não foi esta multidão letárgica que elegeu a esfinge?
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